Constantine - "Início, Meio e Fim?"

"Início, Meio e Fim?" Essa é disparada a frase que melhor explica a montanha russa que foi a primeira temporada de Constantine. Alguns fãs gostaram, outros odiaram. Mas para explicar como as coisas de desenrolaram, vou dividir o texto assim como na primeira fase desse parágrafo.


INÍCIO
Sou fã de Constantine, muito fã mesmo. Foi meu contato inicial com os quadrinhos. Logo me empolguei com cada nova notícia divulgada, com o elenco e com a promessa de que a série seria "cagada e cuspida" uma edição de Hellblazer. Dái o piloto vazou e desagradou a todos. Sinal claro de uma tragédia. Mudaram as coisas, demitiram atores (atriz na verdade)  e repensaram tudo. Aí a coisa foi pra frente.


A premissa de um caso por semana não agradava. Os três primeiros episódios foram execrados pela crítica e pelos fãs. Logo as comparações com Sobrenatural começaram. Mas pô, esse é John Constantine! San e Dean tem que pedir a benção pra ele! A série precisava de uma virada de mesa. E ela veio em A Feast of Friends. E cara, foi genial.


Bebendo da fonte mais antiga de Hellblazer (volumes #1 e #2 mais precisamente), foi lindo de se ver. Claro que algumas coisas ganharam um contorno mais leve, mas dane-se, era uma promessa começando a ser cumprida. Teve drogas, desespero, traição, Mnemoth e o mais importante: Constantine sendo o babaca pau no c* que tanto amamos. Era a injeção de ânimo que a série precisava e que os fãs pediam. John ganhou um propósito, uma direção a seguir: As Trevas Ascendentes. A partir daí entramos na outra parte do texto...

MEIO

Tudo que veio depois de A Feast of Friends manteve um bom nível. Várias citações e personagens interessantes e bem construídos deram as caras. Zed mostrou ser melhor escolha que a personagem do primeiro piloto que nem lembro mais o nome. Brilhou em vários momentos e foi peça chave nas batalhas contra o grande mal. Além de ser linda, o que convenhamos é muito importante.

Papa Meia-Noite também teve seu destaque, como no episódio Danse Vaudou. O primeiro grande inimigo, e posteriormente pseudo-amigo, de Constantine serviu bem ao seu propósito. Mostrou o lado mais carnal e sujo da mágica, além de ser um rival e tanto para se preocupar. Talvez um pouco mais de aparições ajudariam mais a destravar o personagem, mas não vou entrar no mimimi.


A apresentação de Jim Corringan (vulgo Espectro) também foi muito bacana. A tragédia ainda não aconteceu, mas já tivemos um vislumbre de um dos personagens mais poderosos e enigmáticos da DC Comics. Os episódios em que ele participou, no meio e no fim da série, foram excelentes.


Matt Ryan aprendeu mais sobre seu papel e entregou uma atuação bastante convicente de Constantine. Até o cigarro que parecia um problema, foi bem resolvido. Várias cenas onde ele aparece acendendo, tragando e apagando a bituca foram mostradas, nada muito explícito é claro. Constantine se transformava em um canalha com sua própria força e não apenas por meio de frases forçadas como nos primeiros episódios.


E já que o assunto é o meio da temporada, como não falar de The Saints of Last Resorts. Que maravilha de mind-season. As Trevas Ascendentes ganharam um "rosto": a Brujeria. Descobrimos a existência da Cruzada da Ressurreição e John tomou uma dose cavalar seu próprio veneno, tudo foi bem construído para te deixar ansioso. E ansiedade seria importante para a parte final de tudo...

FINAL

A série voltou do hiato e todos nós já estávamos mais do que informados sobre a enorme possibilidade de cancelamento, troca de canal (vai ou não pro SyFy?) e etc. Como teria apenas 13 episódios, 9 a menos que uma temporada normal, Constantine não tinha tempo a perder.

Logo de cara consertaram dois grandes defeitos. Chas e Manny. O fiel escudeiro de John foi o personagem principal de Quid Pro Quo, disparado um dos episódios mais legais da temporada. Ele não é apenas o motorista com cara de mal. É alguém que sofre até demais com a falta de tato de Constantine. E o anjo Manny, o personagem que menos dizia o que queria na série, cresceu de produção e de importância. Menos travado, ele participou mais da guerra que John travava junto de seus amigos contra a Brujeria.


O season-finale Waiting For The Man, mais um episódio vindo diretamente das página de Hellblazer terminou (?) a temporada de forma digna. Parecia que não ia dar em nada, mas no fim as coisas até que se amarraram bem. Foi sinistro, doentio, estranho, foi Constantine meu chapa. Teve mais um embate entre Meia-Noite e John, mais de Jim Corringan e muito mais de Manny. Aliás, olho aberto nesse anjo viu!!


No fim, Constantine sobreviveu bravamente aos críticos e aos "fãs" que acham que sabem de tudo. Não é um primor de série, muito por causa de seu começo confuso. É ainda infinitamente mais leve que Hellblazer, mas é um bom começo. Fiquei realmente curioso pra saber como as coisas vão se desenrolar. Pra saber como iriam retratar o acontecimento em Newcastle (sim, é uma citação direta dos quadrinhos) e como John reagiria a traição anunciada no final do último episódio.


Muitas coisas ficaram em aberto, mas chega de esquentar a cabeça. Bora acender um cigarro, tomar um whisky e relaxar. John Constantine não é do tipo que se preocupa demais, ele só deixa rolar chapa.


#SaveConstantine.
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