"Quem não tem habilidade toca rock". Essa é uma
das várias lições que podemos tirar de Whiplash: Em Busca da Perfeição. Mas
não chega nem perto de ser a mais importante. Quer a fórmula para o sucesso na
vida? Quer saber como se faz um grande filme? Simples: sangue e suor.
O Jazz pode não ser mais o ritmo famoso que foi no passado. Subjugado pela ascensão do pop rock e de tanto outros ritmos, acabou sendo considerado datado e foi deixado de lado. Uma pena, pois aquilo que era música. Mas ainda bem que um novo acorde de esperança foi tocado em Whiplash, na verdade uma nova batida no bumbo, para ser mais preciso. Pode não ser um filme de retorno do Jazz, mas é com certeza uma produção com a alma e o requinte desse ritmo tão envolvente.
O Jazz pode não ser mais o ritmo famoso que foi no passado. Subjugado pela ascensão do pop rock e de tanto outros ritmos, acabou sendo considerado datado e foi deixado de lado. Uma pena, pois aquilo que era música. Mas ainda bem que um novo acorde de esperança foi tocado em Whiplash, na verdade uma nova batida no bumbo, para ser mais preciso. Pode não ser um filme de retorno do Jazz, mas é com certeza uma produção com a alma e o requinte desse ritmo tão envolvente.
Comandado pelo ainda ainda desconhecido, porém promissor,
Damien Chazelle, o longa é daqueles que você guarda no coração e na mente.
Talvez não porque queira fazer isso, mas sim porque é impossível de não
acontecer. Estrelado por Miles Teller (como o baterista Andrew) e pelo INCRÍVEL
J.K. Simmons (como o maestro Terence Fletcher), Whiplash trata da eterna busca
pela perfeição. E do que temos que abrir mão para conseguir realizar nossos
sonhos. A vida não é um conto de fadas e nem nunca será. Pena termos que
sangrar para descobrir.
E sangue é o que Andrew mais perde nas mãos do insano,
traiçoeiro, agressivo e brilhante Terence Fletcher. Lágrimas e humilhações vem
de brinde. Tudo em nome da perfeição buscada pelo jovem e idealizada pelo seu
mentor. Sei que você deve estar pensando que é mais um filme de "embate
entre professor e aluno, com um final água com açúcar". Mas meu amigo, é
com um sorriso enorme, que lhe digo que não é nada disso. Whiplash é uma aula
de como quebrar pré-concepções e distribuir surpresa para o público.
Andrew já vem preparado para abrir mão de tudo em nome do
seu objetivo. Amigos são um empecilho. Namoros são um atraso de vida.
"Prefiro morrer falido aos 34 anos e ser tópico de uma conversa do que
chegar ao 90 anos rico, mas sem ser lembrado por ninguém", reflete a determinação
e obsessão do músico.
Mas tal determinação é estraçalhada muitas vezes pelo
terrível Terence Fletcher. Um homem frio, abusivo e preconceituoso, que usará
de todos os meios para conseguir extrair a perfeição de seus alunos. Mesmo que
os instrumentos fiquem literalmente banhados de sangue e suor. Quer ser um
mito? Prove que você merece isso. Prove que você não é mais do mesmo.
Mais uma lição de vida, não é mesmo?! Mas por que buscar a
perfeição? Porque ficar com os dedos em carne viva depois de quebrar inúmeras
baquetas? Mais uma vez a resposta é simples: ninguém quer ser esquecido.
Ninguém quer cair no ostracismo. Terence está lá para mostrar que isso é mais
fácil de acontecer do que você imagina. Cometa um pequeno erro e tudo vai acabar.
Adeus sonhos, olá dura realidade.
Em Busca da Perfeição é um subtítulo interessante para um
filme que a conquista em pouco mais de uma hora. Me desculpe Miles Teller (esse
é sem dúvida seu melhor papel até o momento), mas J.K. Simmons é incrível,
sensacional e muito mais. Para os amantes de Jazz, ele vive seu momento de
Charlie Parker, perfeito em todos os sentidos. O Oscar nunca esteve tão perto
para o ator.
Ter seu nome na história é para poucos. Seja no cinema ou na
música. Mas com esforço isso é possível. Whiplash está lá e dificilmente vai sair.
E leve essa lição para os estudos, trabalho e para a vida: Sangue e suor. A
perfeição vem depois.
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